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12 de outubro de 2012

Você é uma pessoa vingativa?

Imagem da Web

“Avenida Brasil” conta a história de  Nina, que  teve a infância destruída por Carminha que roubou o seu pai e a jogou no Lixão.  A menina foi adotada por uma família italiana e anos  mais tarde volta ao Brasil como  chef de cozinha, para fazer justiça.

E você, é vingativo/a ou justo/a?


Vingativo versus justo

Uma pessoa justa, segundo o psiquiatra Eduardo Ferreira Santos, é capaz de pesar prós e contras e entender o que levou o outro a ter uma atitude que o machucou, o que não quer dizer que ela seja capaz de relevar. "São poucas as pessoas capazes de realmente perdoar.
Esse não é um sentimento natural do homem. Sempre sobra mágoa ou raiva", diz ele. "Mas a pessoa justa tem a capacidade intelectual mais desenvolvida do que o vingativo". Para Blenda de Oliveira, por ser mais madura, a pessoa justa consegue entender que não deve gastar seu tempo com a vingança, porque isso pode prejudicá-la. Já as vingativas guardam muitos ressentimentos, agem por impulso, são passionais e têm enorme dificuldade de esquecer ou sofrer menos pelo passado. "Elas têm um sentimento de que algo foi tirado delas, de rejeição, exclusão. Sofrem muito mais do que aquelas que fazem justiça, pois passam o tempo todo pensando em como se vingar”. Para o psiquiatra Leonard Verea, o drama continua mesmo quando a vingança é alcançada. "A pessoa se sente vazia e percebe que, no fundo, aquilo não levou a nada”, afirma. Segundo Ferreira Santos, muitos fatores são necessários para tornar uma pessoa vingativa. "Tem a ver com a educação que ela recebeu e com aquilo que está vivendo naquele momento. Se ela cresceu num ambiente agressivo, como a Nina, isso fomenta um espírito mais violento e de vingança”, diz ele. Para a psicanalista Cecília Orsini, da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, o ressentimento costuma ter origem na infância. “A criança acha que o mundo ou até mesmo os pais lhe devem algo e, quando crescem, vivem a situação imaginária de reivindicar isso".

Agir apenas de modo passivo também pode ser prejudicial

É consenso entre os especialistas que a melhor maneira de lidar com mágoas é agir com paciência e racionalmente, tentando entender o que levou o outro a praticar determinado ato negativo com você. "Quem nunca cometeu falhas gravíssimas?",pergunta Blenda. Mas isso não quer dizer que você deva guardar os ressentimentos. Pelo contrário: assim como se vingar pode ser ruim para você, nunca expor emoções também é autodestrutivo. "Isso cria a possibilidade de as pessoas lhe fazerem mais mal", diz Blenda. "Todo ser humano tem o direito de se incomodar e avisar quando alguém passa do ponto".

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Leia a matéria completa em:
http://noticias.bol.uol.com.br/entretenimento/2012/07/16/nao-confunda-justica-com-vinganca-como-nina-de-avenida-brasil.jhtm



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